Uma História de Talento

Esta história começou para 37 jornalistas no dia 7 de fevereiro de 2011 e não tem previsão de acabar!
Uma "História Viva" que se construiu a cada dia, sempre vai deixar saudade e reuniu num mesmo endereço da rua Pedro Ivo, no centro de Curitiba, o eco de sotaques vindos do interior do Estado, Santa Catarina, São Paulo, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Estes são os Talentos Jornalismo GRPCOM 2011


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Perfil de Talento - Juliane Massaoka

Nossa talento-aniversariante é inteligente, doce e receptiva. Tem uns olhinhos puxadinhos...
Descendência nipônica e polonesa, mas com um sotaquinho francês. Uma mistura bem paranaense. Juliane Massaoka é a estrela deste perfil. Cheia de expectativas para um 2012 maravilhoso, nossa convidada para estar no palco do Jornalistas de Talento tem várias características de esperança e pensamentos positivos, inspiradores para o final de ano.
Essa talento respondeu o questionário via mail duas vezes. Isso mostra o empenho dessa jornalista, que confessou que dar entrevista é definitivamente mais complicado que fazer. Massaoka também é versátil: fez parte da turma que treinou na RPC TV, mas há mais de dois meses faz bonito no caderno Vida Universitária da Gazeta do Povo.
Juliane vai começar 2012 passeando pela França e com um novo desafio profissional: o Curso Abril. Boa sorte, Ju! Leve sua delicadeza e dedicação para encantar aqueles que conhecer no seu novo caminho. Nós talentosos colegas estaremos torcendo sempre por você.


Porque você escolheu ser jornalista?
Não sei ao certo quando escolhi essa profissão. Mas o que eu me lembro é de sempre me imaginar jornalista quando pensava no que queria ser quando crescesse. Acho que foi um pouco natural, sempre fui muito curiosa. Gostava também de histórias e de saber o porquê de tudo.
Depois a decisão foi amadurecendo e eu vi no jornalismo uma possibilidade de transformação social. Sempre acreditei que a informação e, principalmente, a comunicação são fundamentais para uma sociedade melhor.
Bem pequeninha

Como foi a experiência na RPC TV?
Foi maravilhosa. Uma oportunidade incrível e que valeu muito a pena. Lá tive contato com alguns dos melhores profissionais do jornalismo televisivo do Paraná, aprendi muito sobre o que ocorre nos bastidores, sobre todo o trabalho de produção e cuidados para colocar um jornal no ar. Além de toda a formação "técnica" (voz, imagem, texto) ficou a lição de que televisão é trabalho de equipe. Não se faz nada sozinho, cada um que participa tem extrema importância no resultado final. Como tínhamos que colocar um jornal no ar diariamente, viramos um verdadeiro time. A equipe de trainees se envolveu muito, todos faziam o máximo para conseguir o melhor resultado e pudemos contar com a experiência de alguns profissionais da empresa, que se esforçaram para fazer as melhores imagens, arranjaram tempo para elaborar infográficos e nos auxiliaram com reportagem, edição e apresentação. Ser avaliado diariamente também é muito positivo, pois das críticas surge a motivação para crescer e um norte para saber onde se esforçar mais. Assim, entendemos o que deve ser melhorado.
Fora essa questão do desenvolvimento profissional, estar dentro da maior rede de televisão do estado dá a real dimensão da importância desse veículo de comunicação. A televisão atinge um público muito grande e significa muito para este público. É incrível a quantidade de e-mails de gente que deposita na televisão a confiança em resolver seus problemas, que procura a televisão antes mesmo de algum representante do Governo. A forma como a maior parte da população trata os repórteres na rua, muitas vezes abrindo as portas da própria casa, é emocionante. Vivenciar isso nos torna ainda mais conscientes sobre a importância e a responsabilidade de se fazer jornalismo.
E como está sendo trabalhar com impresso na Gazeta do Povo? Está gostando?
Entrei na Gazeta em outubro e está sendo muito bom. Nunca tinha feito jornalismo impresso antes, então é bem desafiador. Fui super bem recebida por uma equipe ótima que me ajuda muito sempre e escrevo para o núcleo de Educação, que é um tema que gosto e considero importantíssimo. Aqui o ritmo é bem diferente da TV, o que eu estranhei um pouco. Por exemplo, quando o repórter recebe uma pauta na TV já vem com os nomes de todos os entrevistados, horários e locais de entrevista marcados. No jornal impresso não. Quem faz toda essa produção é o próprio repórter, o que dá um trabalho extra, mas é bem legal, pois permite mais autonomia nas matérias.
Formatura do Jardim III

Conte sobre uma história da sua infância.
Eu era uma criança bem certinha, meio nerd - como a maioria dos japas. Mas teve uma vez que eu causei uma certa confusão no colégio. Sem querer, claro! Estudava no Bom Jesus - como a maioria dos japas de Curitiba - e fui passar o recreio na capela, que na época ficava em outro bloco, um pouco afastado das salas de aula. Eu e mais duas amigas ficamos lá naquele lugar com cheiro de "solenidade" explorando tudo o que tinha. Vestes dos padres, sinos e imagens. Até que achamos um pacotinho com umas bolachinhas brancas e resolvemos experimentar. Elas eram horríveis, não tinham gosto de nada, o que fez a gente ficar com uma certa pena dos padres, de terem que comer aquilo. Enfim, continuamos lá um tempão falando mal das tais das bolachas (que um tempo depois descobriríamos se tratarem de hóstias) e mexendo em tudo.
Enquanto isso, o resto do colégio estava desesperado procurando pelas crianças desaparecidas, todos os seguranças tinham sido mobilizados para fazer um pente-fino no prédio e a polícia já tinha sido avisada. Mais um pouco eles iam considerar a hipótese de seqüestro, já que não passou pela cabeça de ninguém que uma criança com tantas estrelinhas no quadro da parede pudesse transgredir alguma norma. De fato, não foi de propósito, mas na capela não dava para escutar o sinal que marcava o fim do recreio e foi o maior bafafá quando descobriram a gente lá.
Apresentação de ballet no Teatro Guaíra
Conte histórias da sua família e fale sobre sua relação com o Japão e o mundo.
Sou descendente de japoneses por parte de mãe e de poloneses por parte de pai. O pai da minha mãe é japonês de verdade, nasceu lá e se mudou para o Brasil com uns cinco anos. Já a minha avó nasceu no Brasil um pouco depois de a família dela desembarcar em São Paulo. Eles vieram pra cá no começo da década de 30, com a mesma intenção da maioria dos imigrantes: melhorar de vida e voltar para o Japão. Por isso, durante a juventude não se preocuparam muito em "se misturar" com os brasileiros e, pelo que minha mãe conta, minha vó foi aprender a falar português depois de casada. Quando a minha mãe era nova, eles tinham as tradições japonesas bem fortes, todos os meus tios faziam aulas de japonês, o que gerava um certo preconceito dos coleguinhas. Depois, quando minha mãe casou com um brasileiro foi outra novela, ela foi praticamente deserdada.
Acho que por essas experiências ela preferiu que a minha educação e do meu irmão passasse longe de tudo isso. Meu irmão ainda fez umas aulas de japonês, mas quando eu era pequena, nem me considerava japonesa, não me enxergava assim. Depois, com o tempo e com o contato com meus avôs fui me interessando pela cultura, pela língua e, principalmente, pela culinária. E ao mesmo tempo meus avôs foram se "abrasileirando".  Então, hoje em dia, é tudo misturado. Até estudei dois anos de japonês, mas no último ano de faculdade não consegui conciliar e larguei. Ainda pretendo voltar a estudar e um dia ir para o Japão, conhecer o local e onde veio a minha família e, quem sabe, achar uns parentes por lá, mas só para turistar mesmo.
Quanto à parte polonesa não sei muito. Sei que a maior parte da família morava na Lapa, na região metropolitana de Curitiba - onde tem muitos polacos - e acho que meu avô paterno (ou talvez o bisavô) era polonês da Polônia mesmo. Mas como meus pais se separaram quando eu era bem nova e nunca mais tive contato com meu pai, perdi esse vínculo com o lado polaco da família.
Sobre a minha relação com o mundo, vou fazer minha primeira viagem internacional em janeiro! Vou passar o reveillon no avião e desembarcar em Paris para um curso de um mês, estou muito feliz e empolgada com a viagem.
Um sonho
Viajar pelo mundo.
Um segredo
Só uso os dedos indicadores pra digitar e olho para o teclado procurando as letras. Cato milho mesmo.
Uma paixão
A vida.
Sua música predileta e uns versos que te emocionam
Gosto muito de Chico Buarque, Los Hermanos, Strokes e U2. Vi que no blog várias pessoas responderam com músicas que gosto, então vou dizer uma que ninguém falou ainda: Can you read my mind, do The Killers. Não sou muito de ler poesia, mas uns versos bonitos são estes do Leminski: 'isso de querer/ser exatamente aquilo/que a gente é/ainda vai/nos levar além.'
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
O bom humor.
Como você espera o futuro?
Que seja lindo.
Aniversário de 6 anos
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Não sei quem é o verdadeiro autor desta frase, mas acredito muito que "devemos ser a mudança que queremos ver no mundo". É possível aprender com cada experiência, boa ou ruim, e conforme amadurecemos, torna-se mais capaz de se colocar no lugar do outro e compreender melhor as situações. Mas isso só tem valor a partir do momento em que resolvemos agir para tornar as coisas melhores.
Outras considerações que você desejar
Há alguns dias recebi a notícia de que fui aprovada no processo seletivo do Curso Abril de Jornalismo. Estou muito feliz e tenho certeza de que a participação no Talento Jornalismo GRPCom - com todos os colegas, professores e profissionais que já faziam parte da empresa - foi essencial para essa conquista. Os quatro meses de trainee foram maravilhosos e agradeço muito por ter conhecido cada um de vocês e por tudo o que a gente aprendeu juntos nesse período.
Agora é esperar que 2012 seja tão bom quanto, com a viagem para França e depois direto para Abril, em São Paulo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Perfil de Talento - Guilherme Larsen

Guilherme Larsen pode ser um garoto a cantar funk. Mas essa é só uma breve impressão.
Ao conversar com ele e tornar amigo (o que não é difícil de acontecer), muitos outros Guilhermes vão sendo revelados. Dinâmico e divertido, Guilherme surpreende. Guilherme é pura alegria de criança com algumas pitadas de seriedade de adulto. É uma mistura autêntica e múltipla. E surpreende justamente por essa autenticidade. A alma leve é herança do menino espivetado.
Em entrevista online, ele conta seu novo desafio: sair da casa dos pais em Curitiba e trabalhar como produtor na RPC TV – Guarapuava, no centro-sul do Paraná. Ele fala da sua relação com a família e o jornalismo e comenta sobre algumas travessuras de menino.
“Vamos que vamos”, Guilherme, hoje o palco do Jornalistas de Talento é um Lego todinho seu.

Porque você escolheu ser jornalista?
Bom, essa pergunta não é muito difícil de responder. Apesar de ter começado por outro caminho. Cursei primeiro Administração de Empresas na PUC em 2004. Totalmente por não ter ideia alguma de que curso fazer. Logo no primeiro mês do curso veio aquela pergunta na cabeça: “O que que eu estou fazendo neste curso?”. Resolvi mudar. E decidi fazer jornalismo pelo exemplo que tive dentro de casa: Pai e mãe jornalistas. Minha mãe não atua mais na área, mas o papai, sim. E ele não larga o osso do que faz de jeito nenhum. È apaixonado pela profissão.
Aqui cabe um parênteses. Desde criancinha, tanto eu, como o meu irmão, éramos figuras presentes nos trabalhos do papai. Seja em redação de jornal, televisão ou assessoria de imprensa. Tenho muitas lembranças desta época. E sempre gostei de acompanhar ele no trabalho. Então foi mais ou menos por aí que comecei no jornalismo. 
Mãe e pai

Como foi a experiência na RPC TV?
Após quase seis meses do término do nosso trainee, agradeço muito a oportunidade que toda a nossa turma teve. Tivemos nossos percalços, claro. Mas valeu demais. E eu sempre gostei de conviver com gente diferente, de lugares diferentes. Isso é muito enriquecedor. A impressão nesse tempo de convivência com toda a turma é de que cada um tem uma personalidade muito forte. Cada um do seu jeito, estilo, com suas ideias, enfim. Talvez seja isso mesmo que o jornalismo precise: pessoas diferentes, nada da mesma coisa sempre.
Confesso que, antes do treino, nunca tive experiência em televisão, além da faculdade. Foi um mundo diferente para mim, mas gostei. E bastante. Agora vem um novo desafio pela frente. Vou passar um tempo na produção da RPC TV em Guarapuava. Estou muito contente e ansioso. E, como não poderia faltar, vamos que vamos, pessoal...
Conte sobre uma história da sua infância.
Que coisa linda que foi minha infância! Eu era um garoto “espivetado” (como me chama um jornalista das antigas aqui do Paraná). Não parava muito quieto em casa. Minha mãe e meu pai sempre me perdiam e ficavam loucos me procurando pelo bairro. Atravessava a rua sem olhar. Daí meus pais sabiam das minhas peripécias e davam umas palmadas em mim. Não que hoje muita coisa tenha mudado, mas pelo menos palmada na bunda não levei mais...
Minha grande paixão de infância sempre foi o brinquedo Lego. E ainda é. Guardo todos. Sonho em ver meus filhos brincando pela minha casa com eles. Não fui muito chegado em vídeo-game. Totalmente ao contrário do meu irmão. E desde pequenininho sempre gostei de música. Aos dez anos, meu irmão me apresentou a banda Sublime. E até hoje é a minha banda predileta. E não abro mão disso.
Bom, uma história que me marcou muito é uma passagem bem dolorosa. Eu tinha uma Caloi Cross vermelha. Isso com uns 6, 7 anos de idade. Sensacional a bicicleta. E o que era bom nela é que ela era bem pesada para pedalar, então ninguém queria ela. Pronto, ninguém me incomodava com isso. Mas enfim, vamos para a história. Toda a turma brincando de bicicleta na rua. Só crianças. Fomos entrar na garagem do meu prédio antigo, que era uma descida com o portão no final da descida. (entenderam?) Todo muito entrou e eu fui o último. Só que quando comecei a descer, o portão estava fechando, não ia dar tempo. Usei o freio, mesmo assim não ia segurar e senti que ia bater no portão. A primeira coisa que eu fiz foi botar meus pés no chão para frear mais. Só que eu estava de havaianas. (Lembram daquelas havaianas azul clara e branca, bem de pescador? Então...essa mesmo). Resultado: As havaianas arrebentaram e raspei meus dois pés no asfalto da entrada da garagem. Os pés ficaram em carne viva. Quase uma semana sem sair da cama por não conseguir andar. Lindo, né?
O mais alto: segundo da esquerda para direita

Um sonho
Tenho três. O primeiro é um sonho que todo mundo tem, claro. Ter uma vida tranquila com família e filhos. Sei que alguns de vocês se espantarão em o Guilherme Larsen falar de família e filhos, mas penso muito nisso. Não agora, claro. Cada coisa no seu tempo.
Segundo é subir o Cerro Aconcágua. Sempre gostei de montanhismo e escalada. Então esse é um objetivo que vou cumprir com a mais absoluta certeza. Me enfiar por um mês ao redor daqueles cerros e me sentir mais vivo ainda, que é assim que me sinto na montanha. E escutando a música Society do Eddie Vedder.
E o terceiro é me aposentar em uma chácara com vista para a Serra do Mar, onde eu possa acordar, abrir a sacada do meu quarto e ficar olhando a Serra da minha cama. Pronto! Não preciso de mais nada.
Nas alturas
Uma paixão
Pai e mãe. Mesmo depois de tudo que já passamos. Além dos meus amigos, cachorro, minhas histórias, e é isso...
Sua música predileta e uns versos que te emocionam
What I Got – do Sublime, óbvio…O verso que mais me emociona nessa música é o refrão mesmo. “Lovin´ is what I got, I said remember be that”... Precisa mais do que isso?
Ah, também gosto muito de um do Mário Quintana: “Minha vida pessoal não interessa nem a mim mesmo, quem dirá aos outros”. Bacana, né?
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
Não ter medo de arriscar. Demorei pra chegar nesse ponto. Por incrível que pareça, eu era muito tímido em certas ocasiões. Hoje sou muito menos, graças a Deus. Venci um pouco isso dando a cara a bater mesmo. Ué, pra que perder tempo? Ficar na dúvida? Não... Prefiro participar do show da minha vida do que ser um mero espectador.
Uma habilidade. Como descobriu ela?
Se virar em ocasiões diferentes. Aprendi isso morando fora algumas vezes. Mundo diferente, pessoas diferentes... e se vira nos 30... não é fácil, mas não é impossível. Tem que ter um controle da sua mente muito grande para não surtar. Talvez eu tenha surtado, não sei, mas venci nesse quesito.
Quais são seus principais gostos?
Música, praia (mesmo não sendo surfista), montanha, violão, leitura. E não dispenso um bom arroz, feijão carioquinha, bife à milanesa e batata frita. E a cervejinha, né, povo?! Faz parte do repertório.
Churrasco dos trainees organizado por Guilherme

 Fale um pouquinho da sua relação com Curitiba e Paraná
Melhor lugar do Brasil. A gente reclama daqui. Mas é só ir para outras cidades que já notamos a diferença. E o curitibano tem orgulho disso. O que eu gosto do Estado do Paraná é viajar de carro por ele. Tem cada canto que é maravilhoso. Principalmente ao entardecer ...Conheçam o CanyonGuartelá. Conheçam o Pico Paraná. Lugares do nosso lado e que ninguém dá bola, infelizmente.
Como você espera o futuro?
De muita luta, pedras no caminho, mas tem felicidade grande vindo por aí. Sempre bom pensar positivo, não é?
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Como diria Freddie Mercury, Show Must go On.... sempre, pessoal…o show tem que continuar. Não parem, nunca. Não se acomodem Vamos para frente... Sucesso para todos!
Outras considerações que você desejar
Valeu por conhecer todos vocês. E, mesmo com a turma separada, acredito que com o tempo as pessoas se encontram aí nos caminhos da vida. Podem apostar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Perfil de Talento - Elisa Lopes

Elisa é moda e combinações. Combinação de imagem com letras. E não é "moda" a seguir tendências cegamente. Elisa tem estilo e vive seu jeitinho cheio de personalismos. É no copo de café, nas cores das unhas ou no jeito de falar: detalhes combinam nessa moça e fazem a Elisa ser Elisa.


“Adoro Curitiba e gosto mais ainda do centro. De andar pelo centro”. Na entrevista abaixo, realizada por e-mail, vamos conhecer um pouco mais dessa talentosa jornalista: O palco dos Jornalistas de Talento hoje é passarela para Elisa Lopes.

Porque você escolheu ser jornalista?
Não me lembro muito bem como e quando me deu o clic final, mas foi a partir de uma dúvida entre Psicologia e Letras. Gosto de palavras, mas não queria ser professora (não que Letras seja só isso, mas era no que pensava). E Psicologia... não sei, mas gosto mais de ouvir ou ler sobre. E no segundo ano, uma professora de Português, de quem gostava muito, falou em Jornalismo. Acho que foi ali.


Qual é a importância da Gazeta do Povo na sua vida?

Entrei na Gazeta pela faculdade, para fazer um estágio de um mês, no começo de 2009. Em seguida fui fazer estágio em Projetos Especiais. O clima sempre foi muito bom e fui ficando. Desde então, só fiquei longe da Gazeta para fazer um estágio no Ministério Público, que queria muito. Na redação, o que mais curti fazer, sem dúvidas, foi o Candibook, nas eleições. Participar do projeto que junta política, candidatos e Internet foi ótimo, além da equipe sensacional!

E a importância do trainee nesta relação com a Gazeta
Durante o trainee tive a oportunidade de passar por editorias que sempre quis muito - como o Online - , de aprender bastante e de conhecer gente que hoje eu chamo de amigo sem pensar duas vezes (pausa pras lágrimas).

Conte sobre uma história da sua infância.

Ah, o que me vem na cabeça agora é que comecei a falar muito cedo, e muito - o que não deve ser muita novidade pra quem convive comigo. E que esperava ansiosamente pelos dias em que meus pais iam me trazer gibis da Mônica. Mas isso nem é uma história...

Um sonho

Que difícil...não chega a ser um SONHO, assim, com caps lock, mas tenho muita vontade de viajar. Só andei de avião uma vez (cê jura!). Queria muito conhecer a Espanha.

Um segredo

Se é segredo não posso contar, oras!

Uma paixão

Me sinto falando o maior dos clichês, mas juro: viver. Ah, gente, sem paixão não se faz nada. Pra eu pegar o meu ônibus e andar pelo centro pra ir trabalhar, tem que ter paixão, seja pelo trabalho, pelo centro ou até pelo ônibus - vai saber. Gosto muito de uma frase que o Almodóvar disse uma vez (gosto muito do Almodóvar, mas não é essa a pergunta) que é: “Afinal, o essencial é isso, sobreviver e manter a paixão”.

Sua música predileta e uns versos que te emocionam

Não é uma música, mas sempre que Cartola canta (ou que cantam Cartola) eu paro pra ouvir, porque é lindo! Mas também me emociono ouvindo Emicida (que Yuri me apresentou e agradeço). Vai saber, acho que música tem a ver com o dia.

Uma habilidade. Como descobriu ela?

Ser livre. E olha que não é fácil, vivo escorregando, mas gosto de pensar, sentir o que quiser, e de entender que todos são livres para o mesmo.

Quais são seus principais gostos?
Gosto de gentileza.

Como você espera o futuro?

Espero que ele venha...mas sem esperar nada. Taí algo que não gosto, quando falam "esperava mais de você, do filme, desse dia, da vida". A expectativa é a gente que cria. Então deixe que ele venha com o que tiver que vir.

Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Queria muito que as pessoas fossem mais sinceras com elas mesmas (com o mundo é consequência). E isso, lógico, vale pra mim, principalmente.

sábado, 23 de julho de 2011

Perfil de Talento – Anna Carolina Azevedo

Anna Carolina é dona de uma gargalhada gostosa e muito doce.

A entrevista abaixo é mais do que um apanhado de revelações: é uma aula, um aprendizado! Nossa “talenta” traz relevantes reflexões sobre o jornalismo e conta histórias de forma tão suave e alegre, que dá vontade de continuar lendo essa menina por muito tempo.

Carol tranforma a entrevista e a vida em poesia.

Com orgulho, o palco do Jornalistas de Talento, hoje é todinho dela:

Porque você escolheu ser jornalista?

Diante de tantas histórias já reveladas aqui no blog, a minha, talvez, seja a menos passional. Até o 3º ano, eu nunca tinha realmente parado para pensar sobre em qual profissão eu melhor me enquadraria. Sabia, apenas, que não tinha a menor vocação para as biológicas (qual é a diferença da Taenia solium para saginata mesmo?). Aí eu fiz um teste vocacional e os resultados apontaram maestrina/musicista, advogada ou jornalista. Dentre as três opções, jornalista foi a que soou menos absurda aos meus ouvidos (risos!). Mas, apesar de, desde a infância, eu gostar de narrar histórias, ainda não sei, sinceramente, se o jornalismo chega a ser uma vocação intrínseca a mim ou se foi uma capacidade desenvolvida.

Como foi a experiência na redação da Gazeta?
Foi uma rica experiência. Durante a faculdade, eu tive a oportunidade de conhecer diversos campos de atuação da profissão de jornalista – das assessorias de imprensa ao Dinamite (Dinamite – Uma tragédia em Curitiba, para mim, o meu trabalho jornalístico mais relevante). No entanto, ainda faltava a aventura do jornalismo diário. E que melhor lugar para descobrir mais essa possibilidade do que no maior e mais bem estruturado jornal do Paraná? Com o giro pela Gazeta, pude assistir à rotina produtiva dos repórteres e editores, bem como ao papel de cada um dentro da lógica profissional, editorial e ética do jornal. Além disso, conviver com alguns desses profissionais foi um aprendizado valioso não apenas para a minha carreira, como também para a minha vida. Outro aspecto importante dessa experiência é que ela serviu para que eu, em boa medida, me convencesse de que consigo fazer jornalismo. E isso é fantástico, porque a profissão de jornalista é uma das que sustenta maior responsabilidade social. Cabe ao bom jornalismo não apenas o informar, como também o formar, o pautar, o debater, o apontar, o denunciar, o educar, o servir, o entreter. Ao cabo, cabe ao jornalismo o poder e a relevância de atuar na construção de uma sociedade mais consciente e de cidadãos mais atentos ao seu papel no mundo.
“Eis o livro. E, antes que perguntem, já plantei árvore também. Só não vou ter filhos”.


Quais as expectativas após o termino do trainee?

Quem espera, prostra-se inerte diante da vida, que corre com o passar dos dias. O meu objetivo concreto agora é retomar a faculdade de Letras e buscar uma colocação nessa área. Não descarto, porém, a possibilidade de eu vir a atuar como jornalista, afinal o trainee me ofereceu essa bagagem.

Como a paixão pelas letras entrou na sua vida?

Como eu disse, desde a infância eu gosto de histórias e elas me aproximaram dos livros (e também dos gibis do Chico Bento). Mas não foi o universo literário que me levou às letras. Não diretamente. Aliás, em nome dos linguistas, é bom que se esclareça que nem só de literatos vive a academia. Refletir sobre a língua é um exercício que desperta o meu interesse desde os tempos de escola. Para quem gosta de linguística – como eu -, um livro é mais do que uma experiência artística. O livro é um compêndio de bons exemplos de como utilizar a linguagem e seus recursos morfológicos, ortográficos, sintáticos ou semânticos e se valer deles para expressar uma ideia. O que seriam dos grandes autores não fosse a língua, vosso instrumento do labor?
 Lançamento do Dinamite - Uma tragédia em Curitiba, em agosto do ano passado.


Conte sobre uma história da sua infância.

Lembro quando eu descobri que os meus nomes do meio, “Carolina Ulandovski”, viravam C.U. quando abreviados – e de que isso podia ser pejorativo. Primeiro, há de se enfatizar o hábito que se tem de abreviar o nome das pessoas - seja por falta de espaço (ora, se não há lugar suficiente para escrevê-los por inteiro, que abreviem, pois, os pós-nomes), seja por pura preguiça. O meu caso? Anna C.U. Azevedo. Sim! O meu nome oficial no boletim da pré-escola, na carteirinha do clube, no grupo escoteiro, no cartão transporte e até mesmo no cartão da minha conta bancária! Decerto, Sueli Regina (vulgo mãe) não estava atenta a esse detalhe tão imprescindível quando foi me registrar...

Enfim, a pequena Anna estava na 2ª série. Ao fim do bimestre, a professora entregava aos pais um envelope com todas as atividades que o aluno desenvolvera naquele período. Fui pra casa, feliz e orgulhosa com o meu envelope em mãos, na ânsia de mostrar os trabalhinhos à Sueli. Na frente do envelope, um coelho com bolinhas de crepom. E um Anna C. U. bem vistoso, escrito com caneta hidrográfica em letras cursivas. No auge da minha inocência da velha infância, eu não tinha percebido nenhum problema. Tinha até achado a letra da professora linda! Mas, quando cheguei em casa, a dura realidade: duas tias minhas começaram a rir do meu C.U. à mostra. E a pobre da criança sem saber o porquê – afinal, se eu sequer sabia o significado do cu comum a todos, quem dirá eu entenderia relação entre ele e o meu C.U.!

A partir daquele dia, passei a conhecer a imensidão de piadinhas que uma pessoa que tem um C.U. no meio do nome tem de ouvir durante a vida. Mas, se dantes eu escondia, hoje não tenho o menor pudor: sou Anna C.U. com muito amor!

Pequenininha


Um sonho

Conhecer a Grécia. Sou fascinada pela mitologia, pelas narrativas épicas, pelo idioma, enfim, pela cultura helênica. Conhecer o berço da civilização ocidental seria fantástico. Com toda certeza deste mundo de Zeus, eu choraria diante do Parthenon.

Um segredo

Eu já fui magra (risos!). Tá, eu adoro novela. Sério.

Uma paixão

As palavras. Elas não são sensacionais?

Sua música predileta e uns versos que te emocionam

A letra de “O Vencedor”, do Los Hermanos, fala sobre abrir mão da competição cega e desumana em detrimento do amor e da paz interior. Foi a canção que eu escolhi para receber o diploma na formatura. “Eu que já não quero mais ser um vencedor/levo a vida devagar pra não faltar amor”. Ultimamente tenho ouvido bastante “Under Cover the Darkness”, do Strokes – que, aliás, também tem um pouco dessa lógica do melhor que cada um pode dar.

Qual característica da sua personalidade você mais gosta

Essas questões sobre supostas virtudes que poderiam - ou não - ser atribuídas a mim lembram-me versos de uma canção de Vinícius de Moraes. Na iminência da armadilha do pedantismo, cantarolo em meus pensamentos “o homem que diz ‘sou’ não é, porque quem é mesmo é ‘não sou’”. De toda forma, gosto do meu lado criativo e de ser divertida – se é que sou mesmo. Pessoas sorrindo fazem um bem enorme não só a mim, como ao mundo. Um sorriso salva um dia, uma história, uma vida.
Carol, mamãe, vovó e irmã num jogo do Furacão: “Amo a minha família!”


Uma habilidade. Como descobriu ela?

Acho que tenho certa facilidade com a sintaxe; pelo menos é uma das coisas das quais eu gosto e pelas quais eu mais me interesso. E acredito que as preferências pessoais acabam por influenciar as habilidades, de certa forma. Descobri na 6ª série, quando a minha mãe brigou comigo (eufemismo para “bateu”!) depois de eu ter ido mal em uma avaliação de português. Tive que me dedicar aos tais sujeitos e predicados para recuperar meu desempenho escolar e acabei descobrindo e desenvolvendo o raciocínio sintático. As estruturas das orações são tão complexas (não no sentido de difíceis, mas de elaboradas) quanto fórmulas matemáticas. Isso é apaixonante!

Quais são seus principais gostos?

À exceção de quando eu estou com TPM, gosto de gente (risos!). Gosto de sair com meus amigos, de estar com a minha família, com o meu amor. Gosto da comida da minha vó, de andar de bicicleta, de usar topete no cabelo e até de passar roupa. Gosto mais do que desgosto.

Como você espera o futuro?

Peço ajuda ao Herculano Quintanilha.

Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade

Já diria o poeta, "gentileza gera gentileza".

terça-feira, 19 de julho de 2011

Perfil de Talento – Vitor Geron

Talentos a deixar uma consideração a mais e arrasou: “É muito mais fácil entrevistar do que ser entrevistado”.

E  Vitor saiu super bem como entrevistado: demonstrou muito humor e revelou pontos interessantes da sua interessante vida. Agora pra frente, muitos talentos vão querer ver Vitor cantar e encantar.

É com muito prazer que o blog Jornalistas de Talento, apresenta Vitor curitibano-paulista. 

Porque você escolheu ser jornalista?
Foram diversos fatores que contribuíram para a escolha. Ainda na escola, no tempo em que matemática era fácil, eu falava em Engenharia Civil. Logo desisti. Ao mesmo tempo, eu tinha aquele sonho de quase todo brasileiro de ser jogador de futebol e sempre acompanhei noticiários esportivos muito de perto, seja no jornal, TV ou rádio. Como não virei jogador (nem tenista) e sempre gostei muito de escrever, veio a ideia de fazer jornalismo para ter a chance de trabalhar com algo que eu realmente gostava. Mas nunca tive a certeza que o gosto que tinha por esportes, escrita e também pela música poderiam ser suficientes para ser jornalista. Principalmente porque, como a grande maioria, eu nunca achei que escrevia bem para isso. Depois das dúvidas, hoje não me imagino fazendo outra coisa.
“Apesar da cara enganar, sempre fui tímido”

Qual é a importância da Gazeta do Povo na sua vida? E a importância do trainee nesta relação com a Gazeta?
Eu sempre digo que o meu último dia de aula na faculdade foi o meu primeiro dia na Gazeta. Eu devo isso ao Zeca que foi meu professor na PUC e me indicou para a vaga, em dezembro de 2009. Entrei para cobrir férias no Online, fiquei quase três meses, depois fui para a editoria de Projetos Especiais, onde fiquei mais alguns meses, até voltar para o Online.
Fui contratado em fevereiro de 2011 e estou lá até hoje. A importância da Gazeta é grande, principalmente porque tive a oportunidade de sair da faculdade direto pra redação da Gazeta. Então a minha curta vida de jornalista está totalmente ligada com a Gazeta do Povo.
Como cobertura eu destaco o velório da Zilda Arns. Eu tinha um mês de formado e fui escalado pra cobrir o velório e passar as informações para a equipe da redação durante o dia (e noite) todo. Com poucas semanas de Gazeta eu estava participando de entrevistas com toda a mídia local e internacional de um acontecimento que contou com a presença de Lula, Requião, Richa, Serra, Dilma, enfim, autoridades de todo o país. Foi um choque e ao mesmo tempo um grande aprendizado. 
Já o trainee foi uma experiência muito legal para aprofundar alguns temas e também conhecer mais da própria empresa. Acho que complementou o aprendizado da faculdade em muitos pontos, além de ter sido muito importante para entender melhor a estrutura, forma de organização e valores da empresa e de alguns dos profissionais.

Conte sobre uma história da sua infância.
Eu não lembro quantos anos tinha, na verdade eu não lembro dessa história. Mas meu pai me contou, então eu acredito. Quando eu era uma criança que nem sabia falar direito, eu pedi pro meu pai uma música "papai, Pechans". Ele sempre teve muitos cds e disse que tentou várias e várias bandas e músicas com o nome parecido com "Pechans". Depois de tanto tentar ele desistiu. Algum tempo mais tarde, em um dia qualquer, ele colocou um cd do Guns N' Roses. Logo que começaram os assobios de Patience eu corri para o aparelho de som feliz dizendo: Papai, Pechans! Acho que nem preciso dizer o quanto gosto dessa música. Mas, na época, acho que pedi por causa do assobio. Devo ter ficado admirado com aquele som que, até hoje, não sei fazer direito.
“Eu disse que canto pagode no videokê e mando uma foto cantando. Mas canto bem mal, só pra constar”

Um sonho
São tantos que é difícil falar um só. Profissionalmente sempre quis cobrir uma Copa do Mundo ou Olimpíada in loco. Pessoalmente eu ia dizer que é viajar o mundo sem data pra voltar, mas pra ser um pouco menos clichê vou dizer que é ter um filho.

Um segredo
Eu gosto muito de rock, mas sei a letra da maioria daqueles pagodes e músicas de duplas sertanejas dos anos 90. Sempre apelo para essas músicas no videokê.

Uma paixão
Pode falar pai, mãe, irmão e namorada? Tá, pra ser menos óbvio vou escolher um prato de comida que é o camarão com molho de catupiry que minha mãe faz. É uma receita própria e garanto que não há nada parecido na culinária mundial.

Sua música predileta e uns versos que te emocionam.
Difícil escolher uma música só, mas vou de Otherside do Red Hot Chili Peppers que foi a música que me fez gostar da banda, hoje minha preferida. E vou escolher alguns versos de Time do Pink Floyd, mas poderia ser a música toda:
"You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun"
“Em 2009: A viagem inesquecível”
Qual característica da sua personalidade você mais gosta.
Eu me considero uma pessoa bem tranquila. Acho que isso me ajuda a ter paciência em alguns
casos e cabeça no lugar pra agir.

Uma habilidade. Como descobriu ela?
Essa é difícil. Talvez eu não tenha muitas...
Eu sempre tive facilidade para falar em público. Descobri isso quando na escola e faculdade a maioria dos meus colegas odiava apresentar trabalho e eu sempre fiz isso com naturalidade e até gostava.

Quais são seus principais gostos?
Gosto muito de música e de ir a shows, principalmente, de rock. Gosto de quase todo o tipo de esporte. Viajar, passar horas com as pessoas que gosto, escrever, dormir, tudo isso pode entrar na lista.

Como você espera o futuro?
Eu só espero ter condições de fazer meu trabalho e ter as pessoas que são importantes pra mim sempre do meu lado. Com isso, fica bem mais fácil para alcançar meus objetivos e levar minha vida.

Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Com respeito e esforço você consegue o que quiser, basta ter vontade de aprender. Há muita coisa e muita gente que vale a pena nessa vida, não deixe as que não valem atrapalhar.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Perfil de Talento – Léo Valente

Léo Valente expressa muita vontade com o brilho do seu olhar. Esse jornalista conta que a paixão pela TV transformou sua timidez.  Esse grande amor é demonstrado também pelas muitas fotos que ele apresentou do seu trabalho como repórter neste perfil. O grande e forte sentimento promete ainda transformar muito este menino: que sai de Fortaleza-Natal para ganhar o mundo.
Léo é amigo de todos. Trouxe um delicioso sotaque para a turma e foi só alegria em todos os encontros. Léo inspira ternura e transparece suas boas intenções.  
Com toda sua sinceridade, ele contou algumas de suas histórias na entrevista por e-mail concedida ao Jornalistas de Talento. Com orgulho, o blog apresenta este querido Talento.

Porque você escolheu ser jornalista?
Era um sonho de criança. Cresci com a televisão por perto e ela me fascinava (e ainda me fascina). Via os correspondentes da Globo (principalmente) viajando o mundo e trazendo histórias dos mais diversos lugares. Queria ser correspondente internacional para viajar o mundo também. Devia ter uns seis anos quando coloquei essa ideia na minha cabeça. De lá ela não saiu mais.
Com o tempo, fui percebendo que todo correspondente é, antes de tudo, um jornalista. Ao contrário das outras crianças, mantive o meu desejo do que ser quando crescer – afinal, era algo bem mais próximo que astronauta ou coisas do tipo. Minha família sempre incentivou. Se era apenas brincadeira, não sei, mas cresci ouvindo pais e tias dizendo que me veriam viajando o mundo. Na hora de escolher o curso do vestibular, não tive dúvida nenhuma. A faculdade e a vida profissional só me dão mais certeza de que o jornalismo é a minha vida. E quem sabe um dia eu ainda não me torno correspondente?
Aniversário de 1 ano
Como foi a experiência na RPC TV?
Fantástica (sem trocadilho). Adorei ter passado esses dois meses trabalhando com profissionais tão competentes quanto empenhados em fazer o melhor trabalho. Eu me identifiquei muito com o jeito de trabalhar da redação. Aprendi a ser mais detalhista e preocupado com a qualidade da informação que produzimos e levamos ao ar. Foi uma experiência única. Quando paro para pensar é que me dou conta da oportunidade que tive. Quem diria que eu sairia de tão longe para fazer um curso em Curitiba e veria as portas de uma grande emissora de TV - como é a RPC TV - abertas e com trânsito livre para um trainee usar toda a sua estrutura para formação profissional?
Conte sobre uma história da sua infância.                         
Não consigo me lembrar de uma história específica da minha infância, mas hoje eu adoro rir dos apelidos que tinha quando era mais novo e gordinho. É tão bom poder passar por cima disso e não ter mais nenhum trauma. Quem olha pra criança e acha todas lindas, maravilhosas e fofinhas deve ficar sempre com um pé atrás porque elas também podem ser bem cruéis.
Bom, como dizia, eu tive uma fase em que fui bem gordinho e colecionava apelidos. Mas não eram qualquer coisa, não. Considero–os do mais alto nível poético e metafórico, se puder chamar assim. “Chupeta de baleia” foi um exemplo desses apelidos. Poderiam me chamar apenas de “baleia” ou coisa do tipo. Mas, não... Eu era gordo, mas não tanto. Dava no máximo pra servir de “chupeta de baleia”. Não é fantástico? Fora os outros que tive, como “rolha de poço” – esse também dá uma monografia. Os mais simples eram “bolo fofo”, “barriga de nós todos”.
Brincadeiras à parte, foi muito difícil pra mim passar por essa fase. Só fez piorar a minha timidez, problema que fui vencendo aos poucos, principalmente depois que entrei na universidade. Ainda hoje, me considero tímido, mas evoluí muito. 
Em Fortaleza, com 4 anos

Um sonho
Meu sonho é ser dono de uma televisão. Mas se conseguir ser feliz, bem sucedido e viver bem fazendo o que gosto, já me dou por satisfeito. É por isso que corro tanto atrás dos meus objetivos.
Em 2009, no Marco Zero de Recife (PE), gravando documentário com a Marinha
Um segredo
Sei lá. Acho que não tenho segredos. Sou uma pessoa muito transparente. Mesmo querendo esconder qualquer coisa, acabo deixando escapar. Basta olhar pra minha cara. Dá pra saber se estou insatisfeito, feliz... Pior que, mesmo as coisas mais constrangedoras, eu deixo escapar.
Quem me conhece, já deve ter percebido que sou noveleiro. E eu não assisto só as novelas da Globo, não.  Porque já é ruim ser noveleiro da Globo, imagine gostar de ver novelas dos outros canais e ainda mais mexicanas! Mas eu não ligo. É puro lazer sem compromisso intelectual... na maioria dos casos.
Uma paixão
Dizer que sou apaixonado por televisão é meio óbvio, mas, quando começo a falar disso, eu me empolgo. Adoro mesmo. Procuro saber a história de todas: como surgiram, como cresceram, a quem pertencem e por aí vai. Agora, tem outra coisa que adoro em TV: computação gráfica. Sou vidrado em vinhetas e aberturas de programas. Fico analisando as vinhetas dos telejornais. Quando viajo, faço questão de assistir as TVs locais para ver a qualidade da programação visual. Um dia ainda faço um curso de computação gráfica. E depois das aulas com o Alberto Cairo fiquei ainda mais empolgado. Imagine só poder ser jornalista aliando o design! É tudo o que eu queria!

Registro do resgaste de três naufragos, entre eles o irmão de um ex-governador da Paraíba
Sua música predileta e uns versos que te emocionam
Não tenho uma música predileta. Sou de fase. Tem hora que gosto de uma música. Depois de ouvir até dizer chega, escolho outra. É assim comigo. Às vezes me lembro de uma música que ouvi demais e me dá até cansaço só de pensar que a ouvi tanto.
Gosto muito de ouvir música gospel. As mensagens de muitas delas me deixam emocionados, dependendo do momento que esteja passando.
Qual característica da sua personalidade você mais gosta
Sou um conciliador e acho que isso me ajuda muito a lidar com conflitos e encontrar solução pra tudo. Sou também muito tranquilo. É preciso muito pra me tirar do sério. Ainda assim, quem me vê fora do sério acha até estranho porque continuo tranquilo. O problema é que essa tranquilidade às vezes me prejudica porque acho que posso controlar tudo e nem sempre dá.
 Uma habilidade. Como descobriu ela?
Acho que uma habilidade minha é a de me localizar fácil e aprender rápido a andar em lugares estranhos. Percebi isso em Curitiba, andando pela cidade. Acredito que seja uma forma de me proteger: sabendo andar com segurança não corro riscos, como o de me perder. Desenvolvi isso em Natal. Quando me mudei pra Natal, procurei aprender a me localizar, já que estava numa cidade nova. Até então, não achava isso nada demais, mas devo ter facilidade pra guardar lugares.
Qual a importância das TV na sua vida?
Cresci assistindo televisão, como muitos de nós, mas agradeço a Deus porque nunca fiquei preso a um canal só. Nem assisti apenas porcaria. Vi de tudo um pouco: do bom ao ruim. Adorava telejornais, influência do meu pai, que sempre assistia. Hoje, sou eu quem o influencia.
Acho que foi a TV que me ajudou a vencer a minha timidez porque não faz nenhum sentido um jornalista com vergonha de trabalhar na frente das câmeras. Se quisesse realizar o meu sonho de trabalhar em TV tinha que vencer esse medo. A vontade foi maior que a timidez. Ainda bem.
Em Fernando de Noronha, passando o texto
Fale um pouquinho sobre sua relação com Fortaleza e Natal.
São as minhas duas queridas cidades.  Fortaleza é a minha cidade natal e tenho muito orgulho de dizer que sou fortalezense e cearense. Adoro divulgar Fortaleza, porque sei o quanto ela tem para oferecer. É uma grande cidade, moderna, com muita história pra contar e que tem um povo acolhedor e divertido. O cearense é divertido. Dizem que é muito difícil fazer um cearense rir. Se conseguir, é humorista. Por isso têm tantos lá.
Minha relação com Fortaleza também é familiar: a maior parte dos meus parentes está nessa cidade. Foi lá que passei minha infância. Poderia escrever páginas sobre a capital da Terra da Luz ou do Atlântico, como é conhecida, mas tenho que falar também da minha cidade do coração, que é Natal. Foi na capital potiguar que eu cresci. Já tenho mais anos de vida em Natal que em Fortaleza, de onde saí com onze anos de idade. Em Natal, eu passei minha adolescência, me formei em Jornalismo e iniciei minha vida profissional. Foi nela que aprendi a ser Jornalista.  A cidade, e o Rio Grande do Norte, nos acolheram desde 1997 quando nos mudamos. A adaptação foi difícil, afinal tínhamos saído de uma cidade com mais de dois milhões de habitantes para outra que tinha, na época, 700 mil pessoas. Tudo era diferente, e menor. Hoje, acho isso uma grande vantagem para a qualidade de vida.
Adoro as duas: Fortaleza pelo seu ar urbano, pela suas histórias e facetas, pelas minhas origens; Natal pelas belezas naturais, pela história que construí aqui e pelas amizades que fiz. Sinto muita falta das duas, mas sei que, para crescer na profissão que escolhi, tenho que ser forte para vencer a saudade...
Transmissão ao vivo do Carnatal em dezembro de 2010
Como você espera o futuro?
Espero confiante e que seja ótimo. Tenho muita fé em Deus e trabalho muito por aquilo que quero. Sei esperar e acredito que tudo vem no momento certo, quando tem que ser. Espero poder alcançar meus objetivos e contribuir com o meu trabalho para melhorar a vida de todos que estão ao meu redor.
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Nunca deixe de trabalhar e nunca deixe de fazer o seu trabalho por achar que ele não está sendo valorizado. Uma hora, o reconhecimento sempre vem. Basta ter paciência, fé e acreditar.