Nossa talento-aniversariante é inteligente, doce e receptiva. Tem uns olhinhos puxadinhos...
Descendência nipônica e polonesa, mas com um sotaquinho francês. Uma mistura bem paranaense. Juliane Massaoka é a estrela deste perfil. Cheia de expectativas para um 2012 maravilhoso, nossa convidada para estar no palco do Jornalistas de Talento tem várias características de esperança e pensamentos positivos, inspiradores para o final de ano.
Essa talento respondeu o questionário via mail duas vezes. Isso mostra o empenho dessa jornalista, que confessou que dar entrevista é definitivamente mais complicado que fazer. Massaoka também é versátil: fez parte da turma que treinou na RPC TV, mas há mais de dois meses faz bonito no caderno Vida Universitária da Gazeta do Povo.
Juliane vai começar 2012 passeando pela França e com um novo desafio profissional: o Curso Abril. Boa sorte, Ju! Leve sua delicadeza e dedicação para encantar aqueles que conhecer no seu novo caminho. Nós talentosos colegas estaremos torcendo sempre por você.
Porque você escolheu ser jornalista?
Não sei ao certo quando escolhi essa profissão. Mas o que eu me lembro é de sempre me imaginar jornalista quando pensava no que queria ser quando crescesse. Acho que foi um pouco natural, sempre fui muito curiosa. Gostava também de histórias e de saber o porquê de tudo.
Depois a decisão foi amadurecendo e eu vi no jornalismo uma possibilidade de transformação social. Sempre acreditei que a informação e, principalmente, a comunicação são fundamentais para uma sociedade melhor.
Bem pequeninha
Como foi a experiência na RPC TV?
Foi maravilhosa. Uma oportunidade incrível e que valeu muito a pena. Lá tive contato com alguns dos melhores profissionais do jornalismo televisivo do Paraná, aprendi muito sobre o que ocorre nos bastidores, sobre todo o trabalho de produção e cuidados para colocar um jornal no ar. Além de toda a formação "técnica" (voz, imagem, texto) ficou a lição de que televisão é trabalho de equipe. Não se faz nada sozinho, cada um que participa tem extrema importância no resultado final. Como tínhamos que colocar um jornal no ar diariamente, viramos um verdadeiro time. A equipe de trainees se envolveu muito, todos faziam o máximo para conseguir o melhor resultado e pudemos contar com a experiência de alguns profissionais da empresa, que se esforçaram para fazer as melhores imagens, arranjaram tempo para elaborar infográficos e nos auxiliaram com reportagem, edição e apresentação. Ser avaliado diariamente também é muito positivo, pois das críticas surge a motivação para crescer e um norte para saber onde se esforçar mais. Assim, entendemos o que deve ser melhorado.
Fora essa questão do desenvolvimento profissional, estar dentro da maior rede de televisão do estado dá a real dimensão da importância desse veículo de comunicação. A televisão atinge um público muito grande e significa muito para este público. É incrível a quantidade de e-mails de gente que deposita na televisão a confiança em resolver seus problemas, que procura a televisão antes mesmo de algum representante do Governo. A forma como a maior parte da população trata os repórteres na rua, muitas vezes abrindo as portas da própria casa, é emocionante. Vivenciar isso nos torna ainda mais conscientes sobre a importância e a responsabilidade de se fazer jornalismo.
E como está sendo trabalhar com impresso na Gazeta do Povo? Está gostando? Entrei na Gazeta em outubro e está sendo muito bom. Nunca tinha feito jornalismo impresso antes, então é bem desafiador. Fui super bem recebida por uma equipe ótima que me ajuda muito sempre e escrevo para o núcleo de Educação, que é um tema que gosto e considero importantíssimo. Aqui o ritmo é bem diferente da TV, o que eu estranhei um pouco. Por exemplo, quando o repórter recebe uma pauta na TV já vem com os nomes de todos os entrevistados, horários e locais de entrevista marcados. No jornal impresso não. Quem faz toda essa produção é o próprio repórter, o que dá um trabalho extra, mas é bem legal, pois permite mais autonomia nas matérias.
Formatura do Jardim III
Conte sobre uma história da sua infância.
Eu era uma criança bem certinha, meio nerd - como a maioria dos japas. Mas teve uma vez que eu causei uma certa confusão no colégio. Sem querer, claro! Estudava no Bom Jesus - como a maioria dos japas de Curitiba - e fui passar o recreio na capela, que na época ficava em outro bloco, um pouco afastado das salas de aula. Eu e mais duas amigas ficamos lá naquele lugar com cheiro de "solenidade" explorando tudo o que tinha. Vestes dos padres, sinos e imagens. Até que achamos um pacotinho com umas bolachinhas brancas e resolvemos experimentar. Elas eram horríveis, não tinham gosto de nada, o que fez a gente ficar com uma certa pena dos padres, de terem que comer aquilo. Enfim, continuamos lá um tempão falando mal das tais das bolachas (que um tempo depois descobriríamos se tratarem de hóstias) e mexendo em tudo.
Enquanto isso, o resto do colégio estava desesperado procurando pelas crianças desaparecidas, todos os seguranças tinham sido mobilizados para fazer um pente-fino no prédio e a polícia já tinha sido avisada. Mais um pouco eles iam considerar a hipótese de seqüestro, já que não passou pela cabeça de ninguém que uma criança com tantas estrelinhas no quadro da parede pudesse transgredir alguma norma. De fato, não foi de propósito, mas na capela não dava para escutar o sinal que marcava o fim do recreio e foi o maior bafafá quando descobriram a gente lá.
Apresentação de ballet no Teatro Guaíra
Conte histórias da sua família e fale sobre sua relação com o Japão e o mundo.
Sou descendente de japoneses por parte de mãe e de poloneses por parte de pai. O pai da minha mãe é japonês de verdade, nasceu lá e se mudou para o Brasil com uns cinco anos. Já a minha avó nasceu no Brasil um pouco depois de a família dela desembarcar em São Paulo. Eles vieram pra cá no começo da década de 30, com a mesma intenção da maioria dos imigrantes: melhorar de vida e voltar para o Japão. Por isso, durante a juventude não se preocuparam muito em "se misturar" com os brasileiros e, pelo que minha mãe conta, minha vó foi aprender a falar português depois de casada. Quando a minha mãe era nova, eles tinham as tradições japonesas bem fortes, todos os meus tios faziam aulas de japonês, o que gerava um certo preconceito dos coleguinhas. Depois, quando minha mãe casou com um brasileiro foi outra novela, ela foi praticamente deserdada.
Acho que por essas experiências ela preferiu que a minha educação e do meu irmão passasse longe de tudo isso. Meu irmão ainda fez umas aulas de japonês, mas quando eu era pequena, nem me considerava japonesa, não me enxergava assim. Depois, com o tempo e com o contato com meus avôs fui me interessando pela cultura, pela língua e, principalmente, pela culinária. E ao mesmo tempo meus avôs foram se "abrasileirando". Então, hoje em dia, é tudo misturado. Até estudei dois anos de japonês, mas no último ano de faculdade não consegui conciliar e larguei. Ainda pretendo voltar a estudar e um dia ir para o Japão, conhecer o local e onde veio a minha família e, quem sabe, achar uns parentes por lá, mas só para turistar mesmo.
Quanto à parte polonesa não sei muito. Sei que a maior parte da família morava na Lapa, na região metropolitana de Curitiba - onde tem muitos polacos - e acho que meu avô paterno (ou talvez o bisavô) era polonês da Polônia mesmo. Mas como meus pais se separaram quando eu era bem nova e nunca mais tive contato com meu pai, perdi esse vínculo com o lado polaco da família.
Sobre a minha relação com o mundo, vou fazer minha primeira viagem internacional em janeiro! Vou passar o reveillon no avião e desembarcar em Paris para um curso de um mês, estou muito feliz e empolgada com a viagem.
Um sonho
Viajar pelo mundo.
Um segredo
Só uso os dedos indicadores pra digitar e olho para o teclado procurando as letras. Cato milho mesmo.
Uma paixão
A vida.
Sua música predileta e uns versos que te emocionam
Gosto muito de Chico Buarque, Los Hermanos, Strokes e U2. Vi que no blog várias pessoas responderam com músicas que gosto, então vou dizer uma que ninguém falou ainda: Can you read my mind, do The Killers. Não sou muito de ler poesia, mas uns versos bonitos são estes do Leminski: 'isso de querer/ser exatamente aquilo/que a gente é/ainda vai/nos levar além.'
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
O bom humor.
Como você espera o futuro?
Que seja lindo.
Aniversário de 6 anos
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Não sei quem é o verdadeiro autor desta frase, mas acredito muito que "devemos ser a mudança que queremos ver no mundo". É possível aprender com cada experiência, boa ou ruim, e conforme amadurecemos, torna-se mais capaz de se colocar no lugar do outro e compreender melhor as situações. Mas isso só tem valor a partir do momento em que resolvemos agir para tornar as coisas melhores.
Outras considerações que você desejar
Há alguns dias recebi a notícia de que fui aprovada no processo seletivo do Curso Abril de Jornalismo. Estou muito feliz e tenho certeza de que a participação no Talento Jornalismo GRPCom - com todos os colegas, professores e profissionais que já faziam parte da empresa - foi essencial para essa conquista. Os quatro meses de trainee foram maravilhosos e agradeço muito por ter conhecido cada um de vocês e por tudo o que a gente aprendeu juntos nesse período.
Agora é esperar que 2012 seja tão bom quanto, com a viagem para França e depois direto para Abril, em São Paulo.
Parabéns pelas suas conquistas, Jú! Que você tenha muita alegria em 2012 com o novos desafios e os lugares que vai desbravar!!!
ResponderExcluirExemplo de uma profissional que terá muitas coisas boas a passar para o mundo..nunca desista de seus sonhos..Trate de ser Feliz
ResponderExcluirJAPONESA RIDICULA
ResponderExcluirMaior orgulhásso da Juliane !!! ❤
ResponderExcluirSou seu admirador desde o primeiro momento que assisti você na Ana Maria.Desejotodo sucesso para você.
ResponderExcluirVocê é linda amável tem classe é carismatica .Deus esteja sempre com você.