Alegria, movimento, família, viagens e fé são algumas marcas da gaúcha-macapense, Aline Koller.
Experiências sobre diferentes lugares geográficos – como o Amapá e a Alemanha – marcaram essa gaúcha com referências diversas. O apego à família e à religião completa os ingredientes interessantes da loira. A simpatia e o acolhimento, que ela traz no sorriso, fazem Aline ganhar amigos verdadeiros por onde passa. Além disso, é evidente sua paixão por comunicação, jornalismo e TV.
Aline mostra histórias surpreendentes neste perfil bem ilustrado e cheio de links. É com muito prazer que o blog Jornalistas de Talento deixa nosso palco todinho para você.
Porque você escolheu ser jornalista?
O jornalismo acabou entrando na minha vida naturalmente. Desde pequena, na escola, gostava de escrever redações e ler histórias. Saía brincando de entrevistar os amigos em festas quando tinha alguém com uma câmera filmadora. Sempre queria estar onde os fatos aconteciam e contar novidades, de preferência as boas. E em que outra profissão poderia conhecer tantos lugares e pessoas diferentes a cada dia, compartilhando histórias?
Hora do versinho de Natal
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
O otimismo. Procuro sempre ver o lado bom das pessoas, tentando entender o que leva cada um a ser do jeito que é, e para isso gosto de ouvir suas histórias. E também sou meio Pollyanna nas diferentes situações da vida. Afinal, se podemos escolher como vamos encarar a vida, que seja de uma maneira positiva.
Conte sobre uma história da sua infância.
Minha irmã e eu crescemos ouvindo e dançando as músicas que nossos pais gostavam, e até hoje as pessoas se impressionam com o nosso repertório variado em rodas de canto. A salinha de música era um dos nossos lugares preferidos. Quantas manhãs, tardes e noites passamos lá gravando fitas K7 com shows e programas de todos os estilos. Nossos convidados eram desde as Paquitas até o grupo Dominó, e por aí vai. Colocávamos os LPs com sucessos e fazíamos a festa, tinha até sorteio de brindes, e a hora de jogar os papéis para o alto para escolher o ganhador era muito divertida. Nossos pais eram os principais entrevistados e sempre incentivaram a nossa criatividade. O problema é que minha mana e eu tínhamos que dividir o único microfone do aparelho de som.
A família reunida em Santo Ângelo-RS. Época em que a Aline ainda era a menorzinha.
Quais são seus principais gostos?
São tantos...já fiz de tudo um pouco: aula de balé, jazz, natação, patinação artística, curso de inglês, alemão, violão, datilografia. O vôlei e o basquete foram minhas paixões da infância, mas também praticava todo esporte que aparecesse. Sem falar que eu sempre gostei de cantar e atuar em peças teatrais, já animei festas infantis, visitei creches e asilos no Natal vestida de Mamãe Noel. Também toquei na banda marcial da escola. Fiz curso de modelo e no final participei de uma excursão a São Paulo e ao Rio, onde tive a oportunidade de ir ao Programa do Faustão – foi minha primeira grande viagem sem a família, aos 13 anos. Atualmente o que gosto mesmo é de estar com meu marido, minha família e meus amigos.
Uma habilidade. Como descobriu ela?
Tenho facilidade de me adaptar a diferentes situações e lugares. E desenvolvi essa habilidade na prática – viajando. Já passei por tantos lugares, e sempre tento aproveitar ao máximo cada experiência. Eu tive a oportunidade de ser presidente nacional da Juventude Evangélica Luterana do Brasil (JELB), de 2005 a 2006. Nessa época viajei por 18 estados brasileiros participando de congressos, fazendo palestras e conheci muitas realidades diferentes. Isso me fez amadurecer muito. E representei a JELB em congressos na Alemanha, Argentina, Bolívia e nos EUA. Tenho cada história para contar! Fiz muitos amigos por onde passei.
Essas viagens pelo Brasil acabaram tornando-se meu TCC em Jornalismo. Contei a história dos jovens luteranos brasileiros. O trailer está aqui, se alguém quiser conferir: http://www.youtube.com/watch?v=OYUO5UE2P9s
Aline gravando imagens em Salvador para o TCC
Uma paixão
Viajar. Acaba sendo um paradoxo, pois sou super apegada à minha família. Mas cada viagem traz consigo uma bagagem de conhecimento e sensações que compensam a saudade que acabo sentindo.
Uma das melhores viagens foi em 2007 quando consegui um estágio na redação brasileira da Deutsche Welle, empresa de jornalismo do governo alemão. Corri atrás de todos os detalhes para realizar meu sonho de conhecer e trabalhar na Alemanha. Cada etapa vencida até chegar a data do embarque foi muito comemorada. Morei cinco meses em Bonn, mas parece que foi muito mais. As tradições alemãs são encantadoras, principalmente quando o Natal se aproxima. Até escrevi uma matéria que fala sobre a época de Advento. Quem se animar, aqui está: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,2980195,00.html
Enfim, todas as viagens que fiz foram ótimas e me dão a certeza de que essa paixão vai me acompanhar por toda a vida.
Aline mostrando a sala em que traballhou na Deutsche Welle
Conte um pouco sobre sua vida no Amapá.
Morar no estado mais preservado do Brasil tem sido um uma experiência maravilhosa, caminhar na beira do Rio Amazonas, então, não tem preço. Só ainda não consegui gostar de açaí.
As pessoas são muito legais, especialmente as crianças. Elas olham para mim com uma curiosidade que me diverte. Devem pensar: – “De onde surgiu essa mulher tão alta e branca?”
Lá, durante 10 meses eu trabalhei numa produtora independente de TV. Apresentei junto com dois colegas o Programa Olimpio Guarany, num estilo de revista semanal. Foi uma ótima escola para mim, tive a oportunidade de atuar em diversas áreas: sugeria pautas e as produzia, fazia reportagens (e além de repórter, eu também era a motorista), editei alguns VTs, apresentava no estúdio e também atualizava o blog do programa, que eu desenvolvi.
Também fui convidada para fazer comerciais de TV. Nesse link vocês podem ver o primeiro que foi ao ar, o qual meu marido apresentou comigo (só não reparem na gravação caseira) - http://www.youtube.com/watch?v=8qrLM02dI2Q
O que me alegra muito o trabalho que desenvolvemos na Igreja. As pessoas são fantásticas e temos amadurecido bastante conhecendo as realidades delas. Sou professora da Escola Bíblica na Igreja Luterana e, as crianças que participam são amáveis, mesmo algumas tendo vidas tão sofridas. Fazemos um trabalho de missão com famílias que moram em casas sobre palafitas numa região alagada. Foi lá que passamos o último Natal. Quem quiser saber mais sobre o trabalho da nossa igreja em Macapá, é só acessar o blog: http://igrejaluterananoamapa.blogspot.com
Aline em passeio pelo Rio Amazonas e tomando água de coco colhida na hora
Como você espera o futuro?
Espero sempre com otimismo, e procuro não esquentar a cabeça antes do tempo, pois sei que Deus encaminha tudo da melhor maneira. Alguns dos planos são viajar mais pelo mundo e cursar a faculdade de Direito, vontade que aumentou depois das aulas de Direito da Comunicação com o Dr. Guilherme Cunha Pereira.
Um segredo
Já foram feitas três perucas com o meu cabelo! Em 2002 viajei a São Paulo e estava com o cabelo super comprido. Decidi vendê-lo, e a dona do salão me disse que precisavam justamente de fios loiros para fazer uma peruca para a Xuxa, que seria usada no filme Duendes 2.
Em 2008, enquanto eu estava visitando meu namorado (agora marido) nos EUA, também estava cansada do cabelão comprido. Aí descobri uma entidade na Flórida que faz perucas para crianças com câncer. A maioria dos salões participa desse projeto. Basta cortar, colocar dentro de um envelope que já tem o endereço impresso e pronto. Foi o que fiz. Depois até recebi uma cartinha de agradecimento.
E em 2010, o calor macapaense me incentivou a deixar o cabelo curto novamente. Mas queria fazer algo útil com as madeixas. Eu havia me impressionado com a triste história das escalpeladas no Amapá. Infelizmente é uma realidade das comunidades pesqueiras daquela região, onde mulheres e meninas têm o couro cabeludo arrancado pelo eixo do motor de barcos. Nem todas têm condições de ter uma peruca, e o cabelo delas não crescerá nunca mais. Tive a ideia de fazer uma campanha de incentivo à doação de cabelos para a Associação das Vítimas de Escalpelamento. Quando chegou 28 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Escalpelamento – fiz uma reportagem mostrando o drama das vítimas desse acidente e cortei meu cabelo no estúdio, durante o programa de TV que apresentava. A vice-presidente da Associação teceu os fios, e uma semana depois eu entreguei a peruca à Eberlane, menina de 7 anos que havia sido a última vítima de escalpelamento no estado, em 2010. Foi emocionante.
Aline entregando a peruca
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Mais feliz é aquele que se alegra com as coisas simples e agradece pelo que a vida tem de bom, do que quem está sempre reclamando e acha que nada está bom o suficiente. Acredite sempre nos seus sonhos, mas não se frustre se nem todos se realizarem. Busque sabedoria para saber agradecer pelos que foram alcançados, mesmo que sejam poucos, ou para reconhecer a importância daqueles que, mesmo tendo ficado pelo caminho, um dia já lhe incentivaram a correr atrás de seus objetivos.
Casamento Aline e Tiago
Aline querida, fiquei emocionada com suas palavras..
ResponderExcluir"Mais feliz é aquele que se alegra com as coisas simples e agradece pelo que a vida tem de bom".. concordo em 'número, gênero e grau'rsrsr
É muito bom ter ao lado pessoas otimistas, bem humoradas, prontas para te receber com um sorriso no rosto!Tudo fica mais fácil!
Amiga, é um prazer estar contigo no trainee ;)
bjss
Olá Querida Aline!
ResponderExcluirFoi com alegria que comecei a ler e vi fotos de vossa infância, recordar é viver, desejamos que tenhas muito sucesso na sua vida.
Que Deus continue te abençoando, juntamente com o Tiago.
São os votos da família Krüger
Querida Aline!
ResponderExcluirObrigada por este presente no Dia das Mães!
Achei emocionante sua entrevista, ainda mais
sendo ilustrada com fotos tão familiares.
Seu talento e carisma me trazem muita alegria e orgulho!
Que Deus te ilumine sempre, filha amada!
Beijos com saudades, mãe.
Aline muito linda a mensagem que você deixou e acima de tudo essa história de vida tão bonita e cheia de esperança. Que Deus continue te abençoando. Um forte abraço.
ResponderExcluirJuliana Kuster