Perfil de Talento - Oliver Kovacevich Altaras
Oliver parece tímido. Ao pegar intimidade com ele, é que descobrimos as diversas facetas desse menino grande. Inclusive, sua maneira peculiar de ser extrovertido. Alto e caladão, Oliver desperta curiosidade por onde passa. Mesmo que talvez ele não perceba isso. Na temporada na redação da Gazeta, ele foi uma das grandes atrações da turma Talentos: alegrava muito nossos almoços.
A inteligente ironia é uma das características que podem ser desbravadas nesse gigante. Gigante por fora, e também por dentro. Apaixonado pelas letras, ele revela um pouquinho da sua instigante personalidade nas palavras a seguir publicadas com orgulho pelo Jornalistas de Talento.
Por que você escolheu ser jornalista?
A primeira vez em que pensei nisso foi quando eu era criança. Na época, eu lia muitos gibis da Disney e acabava sendo influenciado por eles. Vez ou outra eu lia estórias do Pato Donald em que ele era repórter (muito incompetente, por sinal). Mas eu achava bacana. Só que durante anos eu tinha desistido dessa ideia e tinha me decidido pela graduação em direito, apesar de considerar a possibilidade de estudar administração. No terceirão, quando eu vi a grade curricular dos cursos, comecei a gostar muito de comunicação social. E então, aos 45 do segundo tempo, voltei ao jornalismo. Além do mais, eu sempre adorei escrever e era bastante idealista na época. Acho que ainda sou, mas fiquei mais realista.
Como foi a experiência na Gazeta?
Foi muito bacana. Nunca tinha tido essa experiência, e sempre ouvi dizer que um jornalista precisa passar pelo menos uma vez na vida pela redação de um jornal impresso. Achei importante sentir o peso da responsabilidade de se publicar matérias. Gostaria de ter ficado mais tempo. Há pessoas ótimas lá.
Conte sobre uma história da sua infância.
Eu sempre fui meio irônico. Minha mãe conta que quando eu tinha uns quatro anos de idade, ela me levou para ver a nova escola em que eu ia estudar. Ela me disse: “Aqui você vai fazer novos amigos”. Então eu sorri e respondi: “E inimigos também”.
Um sonho.
Viajar pelo mundo. Há muitos e muitos lugares que eu quero conhecer.
Um segredo.
Na minha infância, eu tinha uma queda pela personagem Linda (eu não sabia o nome da atriz), do seriado “A Família Twist”. Quando eu tinha nove anos de idade, minha família comprou uma cadela, e eu dei o nome de Linda para ela. Acho que não foi a melhor das homenagens. Até hoje a minha família desconhece o porquê do nome.
Uma paixão.
Fora a família, amigos e blá, blá, blá, vou falar duas. Adoro cinema. Hoje em dia, vejo menos filmes do que gostaria, mas acho fascinante. Leio muito a respeito e, dentro do jornalismo cultural, admiro Roger Ebert. Terminei sexta-feira de ler um livro em que François Truffaut entrevista Alfred Hitchcock (e vi que tenho muito a aprender sobre a sétima arte). Em 2009 fiz um curso na Cinemateca de Curitiba. Na parte prática, realizamos um curta-metragem a partir de um argumento criado por mim. Fiquei orgulhoso, apesar de que algumas coisas mudaram no roteiro final.
Também adoro contos e romances policiais. Principalmente os britânicos. Eu já tentei escrever livros de mistério, mas muitas vezes eu apresentava o crime na segunda página, não tinha noção de quem seria o culpado e, enfim, o texto ficava uma porcaria.
Sua música predileta e uns versos que te emocionam.
Não tenho uma música predileta. Mas de uns anos para cá eu tenho ouvido bastante “A Whiter Shade of Pale”, do Procol Harum (é bem conhecida, apesar de o nome soar estranho). É uma música antiga, mas maravilhosamente bizarra. Quanto aos versos, usarei um clichê: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
Pode parecer um paradoxo, mas acho que, apesar de me irritar facilmente, eu sou muito tolerante. Não perco a paciência nem destrato as pessoas. Afinal, quem sou eu para fazer isso?
Uma habilidade. Como descobriu ela?
Eu acho que sou criativo. Descobri isso com algumas observações e estórias que criei e foram bem recebidas. Mas ainda preciso aprimorar a minha habilidade para contá-las.
Quais são seus principais gostos?
Gosto de viajar, mas falta grana para isso. Gosto muito de escrever. (Também gosto de usar parênteses (acho que isso vem da minha necessidade de explicar tudo)).
Fale um pouquinho sobre os lugares onde você já morou.
Nasci e passei praticamente minha infância inteira em São Paulo capital. Faz tempo que não vou para lá, mas tenho grande carinho pela cidade. Entretanto, não acho que seja um bom lugar para crianças. Depois, vim para o Paraná. Primeiro morei em uma casa alugada que ficava em frente ao colégio, o que me possibilitava acordar dez minutos antes de a aula começar. Depois me mudei para a casa em que moro hoje. Aliás, também gosto muito do Paraná.
E ser tão alto? Isso já te causou problemas? Tem histórias engraçadas para compartilhar?
Bato a cabeça no ônibus frequentemente. Mas não acho engraçado! Fora isso, nunca me causou grandes problemas. Antes eu odiava comentários tipo “nossa, como você é alto”. Hoje não ligo.
Como você espera o futuro?
As coisas vão melhorar até o dia 21 de dezembro de 2012. Depois, vão piorar bastante. Mas agora falando sério, eu realmente acredito que as coisas só tendem a melhorar. Pessoalmente, gostaria de formar uma família. Quando, ou se isso vai acontecer, não sei. Profissionalmente, espero ter êxito como jornalista e com qualquer outra coisa que surgir.
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade.
Ser feliz não é encontrar o que quer: é ver beleza no que você já tem. (Isso não quer dizer que você não deve ir atrás dos seus sonhos).
Outras considerações que você desejar.
Boa sorte ao pessoal!
Adorei. Bem a cara do Oliver ser sarcástico até com a mãe - HAHA. Mas, como assim a sua música preferida não é do Lionel Richie? *pescotapa*.
ResponderExcluirGraaaande Oliver!
ResponderExcluirEi, dia 21 de dezembro é meu aniversário. Por que as coisas vão piorar depois desse dia em 2012???
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