Sandro Graciano foi um dos talentos que participou do curso de reportagem cinematográfica do Talento Jornalismo 2011. Discrição e vontade de conhecer outros colegas foram as características que marcaram esse jornalista ao longo do trainee.
Graciano conta da infância ao lado dos avôs e revela que já teve uma banda nesta entrevista realizada por e-mail.
É com alegria que recebemos Sandro no palco do Jornalistas de Talento.
Porque você escolheu ser jornalista?
Quase me formei em sistemas de informação (SI), porém odiava programação e no fim das contas tranquei o curso no início do terceiro ano. Muitos falaram que eu era louco, mas independente de não ter me graduado nessa área o importante foi o conhecimento adquirido e as amizades conquistadas. Nada nessa vida é inválido, sempre procuro tirar o melhor proveito das experiências que tenho. Quando eu estava para reabrir o curso de SI, parei por um momento e decidi que era melhor eu alçar outros voos. Foi aí que acabei caindo meio que de paraquedas no jornalismo. Tirando o piso da categoria o restante me deixou muito feliz. É uma área apaixonante.
Como foi a experiência na RPC TV?
A experiência na RPCTV/ÓTV foi super divertida e uma escola. Apesar de ter sido algo temporário, procurei aproveitar o máximo o tempo em que estive lá e, com toda certeza, profissionalmente agregou e muito. Ficaram novos amigos e dois grandes mestres: Alexander De Marco (Quinho) e Rubens Vandresen. Pena que acabou.
Conte sobre uma história da sua infância.
Quando criança morava com os meu avôs. Foi um infância feliz que deixaram ótimas recordações. Apesar de ser uma época em que tudo dava um baita trabalho, principalmente no colégio, pois não existia acesso a computadores e, muito menos, internet. Era tudo feito em papel almaço, resultando em muitos calos nos dedos de tanto escrever. Em casa, existiam muitos tipos de animais, pois minha família toda é vinda da roça e aqui na cidade “grande” cultivavam os velhos hábitos. Sempre íamos pescar e sempre encontrávamos algum bicho machucado ou filhotes perdidos. Os animais sempre voltavam para casa com a gente e lá ficavam até se recuperar. Era um mini zoológico. Brincadeiras mil: betes, carrinho de rolemã, raia (pipas), bolinha de gude, rabeira em caminhão e roubar fruta do vizinho. Era uma época muito inocente onde a “porrada” entre a piazada era no mano a mano e tudo era divertido. Muito diferente do que vemos hoje. Ah, sem falar que não existia a tecnologia tão difundida como é hoje. O primeiro computador que eu vi foi quando eu tinha 11 anos de idade, aquele AMIGA com uns joguinhos estilo Atari, mas que era a sensação do momento. É o tempo passa.
Um sonho
O principal sonho é o de uma humanidade mais consciente, longe de tanta violência e de tanto individualismo. Somos todos seres especiais de muito valor, porém o homem perdeu a sua essência e isso é muito triste.
Um segredo
Dizem que todos têm um segredo mas sinceramente não me vem nada a mente, se eu tenho deve ser um segredo tão secreto que nem eu sei.
Uma paixão
A vida. Viver é lindo. Nas simples coisas como o nascer do sol, a onda do mar ou a brisa no rosto. Estamos nesse mundo apenas de passagem, então não deixe de abraçar quem você ama. Vivamos o melhor de cada momento.
Sua música predileta e uns versos que te emocionam
Amo música. Até já tive uma banda e escuto quase tudo: reggae, hip hop, rock, metal, bossa, clássica. Não escuto de jeito algum sertanejo. nada contra, mas meu ouvido reclama pacas. Uma música que mexe comigo é Somewhere Over the Rainbow do Israel Kamakawiwo'ole. É uma poesia para a alma, perfeita.
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
Sou muito sincero não sei ficar de “joguinhos”. Ou é ou não é. Assim tudo fica mais simples.
Uma habilidade. Como descobriu ela?
Putz, uma habilidade... Habilidade manual não tenho nenhuma: sou péssimo em desenho e trabalhos manuais. Quando algo me interessa tenho facilidade em aprender: meio que autodidata. E com a quantidade de informação que temos acesso hoje em dia, só não se agiliza quem não quer.
Quais são seus principais gostos?
Amo o natural e adoro estar em contato com a natureza. O simples se torna grandioso. Adoro surfar, andar a cavalo, viajar sem rumo e chegar a lugares em que nunca estive, conhecendo pessoas e histórias de vida.
Amo o natural e adoro estar em contato com a natureza. O simples se torna grandioso. Adoro surfar, andar a cavalo, viajar sem rumo e chegar a lugares em que nunca estive, conhecendo pessoas e histórias de vida.
Qual a importância das imagens na sua vida?
Sempre tive tato para a coisa, desde pequeno gostava muito de fotografar. Sendo que em muitas fotos, eu nunca apareço, pois sempre fui o cara por trás das lentes. Sempre fui uma pessoa muito visual, sou péssimo em lembrar nomes, mas basta olhar a pessoa uma vez apenas para reconhecê-la, mesmo que tenha se passado muito tempo. Isso facilita e muito em vários sentidos.
A cinematografia foi despertada durante a graduação em jornalismo, no começo até apresentei alguns jornais e fui âncora no jornal da facul, mas quando chegou a minha vez de ser o cara do equipamento peguei gosto e a qualidade das imagens ficou absurdamente superior aos demais trabalhos apresentados. Então fiquei como o repórter cinematográfico da equipe, pois isso rendia melhores notas e todo mundo ficava feliz.
Como você espera o futuro?
Como você espera o futuro?
Creio que o futuro é o que vivemos, mas claro que já fiz um zilhão de planos. Faz parte da natureza humana, mas hoje procuro viver algo mais simples: “menos é mais”. Não é legal viver sempre estressado em uma busca incessante sempre por mais condição financeira ou status. Claro, trabalhar é necessário, ainda mais que não nasci rico. Mas hoje busco simplesmente viver, aproveitar o máximo as pessoas que estão por perto, mesmo porque tudo aqui é relativo. Amanhã podemos não mais ter aquele abraço que estamos acostumados. Então viva as pessoas e viva a vida.
Uma mensagem para deixar para a posteridade e a prosperidade
Viver é simples, mas nossa raça tem a proeza de complicar tudo. A meta para muitos é o dinheiro e o poder e, por muito tempo, eu pensei assim também. Mas quando a ficha cai, vemos que existe algo bem maior e muito mais importante que isso tudo. Só basta querer enxergar. Ame as pessoas, os bichinhos e a natureza. Faça a diferença, por menor que ela pareça, e aproveite essa vida, pois somos passageiros.
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