Para continuar nossa seqüência de “Fernandos”, convidamos o Emmendoerfer de Castro para ser nossa estrela no blog Jornalistas de Talento. Motivos não faltam: Ele foi o primeiro Talento Jornalismo contratado pelo GRPCOM e completa hoje 24 anos.
Parabéns duplo para você!
Com muito humor e objetividade, Fernando revelou, por e-mail, suas expectativas para o trabalho no G1 e algumas histórias do passado.
Porque você escolheu ser jornalista?
Acho que nunca respondi tantas vezes essa pergunta como nos últimos meses, mas vamos lá. Sempre quis ser jogador de futebol e/ou piloto de Fórmula 1. Devido à falta de habilidade e dinheiro, não pude realizar nenhuma das duas atividades. Assim, o jornalismo foi a forma que encontrei para seguir pelo menos perto das áreas que eu gostava.
Evidentemente, com a faculdade e a prática eu encontrei diversos outros motivos para ser jornalista. Mas a origem disso tudo foi mais ou menos isso.
A contratação te pegou de surpresa? Conte um pouco sobre o que você acredita que vai fazer e sobre sua empolgação para a nova atividade.
Muita surpresa. Estava antes de mais nada preocupado com a classificação para a próxima fase quando surgiu a possibilidade, que depois se concretizou.
Estou muito animado. Começo no dia 04 de abril, mas por mim poderia ser amanhã já. Conheci a estrutura e o pessoal do G1 essa semana e vi de perto o trabalho muito bacana que eles estão desenvolvendo.
Qual característica da sua personalidade você mais gosta?
Tranquilidade, pode ser?
Uma habilidade. Como descobriu ela?
Sou bom de garfo. Descobri quando tinha cerca de uns 10 anos e sempre era designado para “comer aquele restinho para não sobrar”, mesmo quando eu já havia sido o responsável por eliminar metade da travessa.
Quais são seus principais gostos?
Comida, futebol, mulheres, cerveja, futebol. Não necessariamente nessa mesma ordem.
Conte sobre uma história da sua infância.
Essa eu contei na aula do Zeca, mas mando o repeteco.
Certa vez, ali pelos meus 14 anos, junto de mais alguns colegas fui enviado para a sala do inspetor do colégio onde estudava – o temido Joca.
Nosso “crime” havia ter aplicado o famigerado “Chazão” em um dos nossos colegas, em virtude de seu aniversário. A punição: Escrever uma redação sobre o quanto nossa atitude havia sido equivocada. “Moleza”, pensei a princípio.
Mas o Joca não estava para brincadeiras. Qualquer vírgula fora do lugar era motivo para reescrever toda a redação. Quando já não havia i sem pingo nos escritos, ele implicou que “Chazão”não era com CH. Um absurdo, já que a palavra é claramente derivada do cafoníssimo termo “Chá-de-cueca”. Era a última cartada dele para nos segurar até o fim do intervalo.
Olhando para trás, chego a conclusão de que este momento foi mais ou menos histórico para a história escolar do Brasil. Apesar de parecer uma atitude isolada na época, era o início de um movimento cruel de abolição de algumas práticas cruciais para a formação de caráter dos jovens. Ali, na proibição do “Chazão”, do “Malha”, entre outras brincadeiras, germinava o embrião da “Geração Restart” dos dias de hoje.
Um segredo
Po, sei lá, eu curto Belchior. Vale?
Uma paixão
Ir ao cinema sozinho.
Como você espera o futuro?
Se ele vier está de bom tamanho.